Tudo bem quanto à festa milionária na Ilha Fiscal. O problema é convidar Kléber, Otávio Mesquita, Amaury Jr. e mais uma dezena de batráquios. Isso é que pega mal.
# | (0)O que amedronta é o sorriso naquele desenho de boca forçosamente falso das fotos eleitorais, seja em ambiência ou geometria, o que vier primeiro. A linha da dentadura fica em quinto plano, aliás. Photoshops me mordam.
Ps.: Márcio Fortes, candidato-musa do comentário, embalou alguns coletivos com a paralisia facial. De fato, há um consenso: Seu rosto é assemelhado à traseira de um ônibus turístico de segunda mão. Busscar nas alturas.
# | (0)Pornochanchada na repartição: Quando ela deu A4 na xerocadora.
# | (0)Dada a restrição orçamentária vinculada ao dólar, são fortes os indícios de uma última edição do FreeJazz restrita a São Paulo, em nome do maior poder aquisitivo local. Nada de lógica sentimental para com o evento, se é que já houve em qualquer negócio.
Recém conhecida, uma ex-contratada da Dueto – organizadora do evento – garante que as negociações com a Coca-Cola seguem firmes, sendo grande a chance da empresa assumir o festival. O impedimento fica na falta de interesse de uma das fundadoras em dar continuidade. O tesão é baixo, diz.
# | (0)Partido:
Adj.,
Que se partiu;
Feito em pedaços;
Quebrado;
E há quem não entenda política.
# | (0)Foi quando o esplendor pousou na cadeira ao lado, entre cumprimentos triviais e o papo que seguiu à mesa, em leve sorriso. Nos lampejos etílicos e os engasgos do papo, os olhos traíram minha consciência, mirando-a rapidamente em intervalos cadenciados. Podia ser a bebida no reverberar de outras necessidades, mas escapavam novamente as pupilas no que aceitei – ela era bela, demasiado linda para qualquer dúvida. Constrangi-me pela incontinência do pensamento, qual lástima entre um casal e o pseudo-bêbado que suava hormônios. A seu lado, contraí as pernas para evitar o toque ocasional que disparasse espoletas em neurônios, e o papo seguiu com a animação do grupo, ainda que o cortejo suave daquela face teimasse visitar minhas janelas. Respirei fundo e brinquei para esfriar o ânimo e suportar o malogro da consciência, retornando à cama no praguejo da inconsequência. Foi ocasional, vaticino, e o esquecimento é um fardo horário a ser cumprido em ordem militar. Aqui despejei sua memória em letras, para remediar o cérebro até o próximo embate.
# | (0)Outros dois, com atraso: Na partida do Mário Juruna, amarela um pouco o calhamaço político recente. Não julgo a pessoa, mas sua existência e o ineditismo indígena valem a causa.
E o Gérson de Abreu, como não? Integrante fundamental em algumas das maravilhosas – e infelizmente poucas – produções intantis dos 90. Grande ator e pai adotivo, cujas coronárias abortaram um pouco da felicidade geral.
# | (0)
Há sete anos conheci um colecionador voraz de Pocket Books, cujo acervo incluía a pérola em questão. A veracidade do relato foi questionada por alguns colegas, mas graças à grande rede, eis a prova.
# | (0)A querida Teresa Sá, sempre a postos, sapeca um repositório informativo sobre o Jazz. Porreta.
# | (0)Se o voto é obrigatório, o impeatchment também deveria. Eliminando um a cada período, menores seriam as chances de estagnação na casa do planalto.
Big Bother, Brasil.
# | (0)He does not seem to me to be a free man who does not sometimes do nothing.
# | (0)"Cerca de 90% dos políticos americanos dão aos 10% restantes uma péssima reputação."
Henry Kissinger, consultor político.
Nota da redação: Sintamo-nos convidados a generalizar.
# | (0)Comédia Romântica é dos rótulos mais insossos possíveis. Um quilômetro de distância, por favor.
# | (0)Sobrenomes de ocasião:
Profissionalmente: Khan.
Socialmente: Kennedy Bouvier Onassis.
E vice versa.
# | (0)"Eu disconcordo com o que você disse."
Vladimir, jogador do Corinthians, em entrevista à Rádio Record.
Falta grave. Passaram alguns dias, comentei entre chegados mas não registrei em letras o pesar pela partida do mestre Patativa do Assaré.
# | (0)Abre-se o pacote com ânimo, e a ânsia por um momento de prazer imediato cede lugar à raiva e a decepção ante o naco de farinha mole. Nada pior que um biscoito velho.
# | (0)Encerrando o Anima Mundi, minha vigésima terceira – e última – sessão da edição 2002 trouxe o conhecido Vampire Hunter, cuja ilustração em sua primeira versão, aliás, adornou a quarta-capa do primeiro exemplar de meu dileto fanzine, Japanimation Magazine, em 1992.
# | (0)Mestre Leo Caldi ressalta: Índio surpreende chefes na reunião de cúpula.
# | (0)Finda o espaço para o saudosismo, creio. Não vejo razão em questionar ou reviver momentos especiais às portas da próxima fase, mais amadurecido e afinado com tantas pessoas, seja em trabalho ou na mesa de um bar qualquer. Caso reclame, não repare, é mais um espasmo de imaturidade que grita a lasca extirpada. Grato a todos.
# | (0)
Coube ao prestimoso time do Anima Mundi saciar uma vontade decenal. Ter acesso a uma das obras do mestre Miyazaki em película sempre foi objeto de profundo desejo e, desde que a programação do festival anunciou a pré-estréia de Sen to Chihiro no Kamikakushi – Spirited Away, passei os dias envolto em expectativa. Acompanhado de colegas das antigas – alguns dos quais parceiros de pesquisa e descobertas no universo da animação em outras eras, estive entre os dez primeiros da fila para a exibição no Odeon. Assentado, reagi com profunda atenção e alívio ao desenrolar da brincadeira, qual criança afoita pelo filme de seu herói. Dever cumprido, resta apenas a torcida para que outras obras do gênero aportem cá deste lado.
Premiado em Berlim como melhor filme, ainda que não seja uma de suas maiores realizações, Spirited Away revela novamente o magistral trabalho cenográfico e a intrincada concepção espacial do estúdio Ghibli. Salvo pequenos pecados de roteiro em clichês dispensáveis, a obra é mais uma inequívoca demonstração da sensibilidade que um trabalho animado pode obter, sem fantasias melosas, grandes heróis ou triunfos deturpados, como os colegas americanos insistem.
Como direção alternativa, há também uma página sobre a versão francesa do longa.
# | (0)– "É verdade que você resolveu trocar os azulejos do banheiro?"
– "É sim, vou colocar uns amarelejos pra ver se fica mais bonito."
Entrevista concedida por Nunes, ex-jogador do Flamengo.
Um presente da querida Fernanda, que complementa com maestria:
Ele não deixa de estar certo, os azulejos se chamam azulejos porque eram basicamente azuis quando foram criados...
Não bastando o estado de catalepsia da segurança pública, o exército anuncia duros cortes em função da restrição orçamentária imposta pelo governo, como manutenção da meta – com duplo sentido – imposta pelo fundo monetário internacional. É o FMI da picada.
# | (0)Minhas interfaces preferidas até a presente data são, por ordem: DOS e OS X.
# | (0)"Tanto na minha vida futebolistica quanto com a minha vida ser humana..."
Nunes, ex-atacante do Flamengo, em entrevista antes do jogo-despedida de Zico.
Oitenta porcento dos anúncios de telemarketing insistem que seus produtos – do cinzeiro à máquina de fazer pão – foram desenvolvidos por engenheiros da Nasa. E batem no ponto.
É fácil entender a proeminência chinesa no campo aeroespacial. Associação reversa.
# | (0)Almir Chediak:
Dia 12 de fevereiro de 1992. Estamos aqui no Apart-hotel do Tim Maia, na Avenida Sernambetiba, nº. 2.916, para colher depoimentos para o livro...
Tim Maia:
Se bem que esse negócio de biografia parece que o cara vai morrer, entendeu? Espero que eu não dance cedo, quero viver bastante. Estou fazendo um livro porque estou querendo ganhar uma grana. Venderemos mais de dez mil exemplares e faremos uma grande festa, né Chediak? Na verdade, é bom deixar escrito o que a gente pensa.
(...) Eu acho, por exemplo, que a melhor coisa que existe no mundo é deixar de trabalhar para as grandes gravadoras, as multinacionais. Gravar por conta própria é como deixar de pagar aluguel. E dá pra todo mundo fazer isso.
(...) Um jornalista me ligou hoje e perguntou o que eu achava da Marisa Monte. Eu disse que a achava muito bonitinha, que ela canta músicas minhas e tudo o mais, mas que se ela e mais quatro ou cinco músicos se unissem, fariam uma gravadora. Já pensei nisso, em formar o CU – Cantores Unidos, e lutarmos juntos. Ficam falando em disco independente, mas a independência tem de vir para união.
(...) Estou lendo uma notícia aqui: "Michael Tyson (sic) luta para se manter em pé.". Condenaram o rapaz, coitado. Um baita racismo. É preciso falar no livro, Chediak, do absurdo do apartheid na África do Sul. Tem de dizer também que o negro americano é o mais hipócrita do mundo, depois do brasileiro, é claro. Pois em hipocrisia, ladroagem e falta de caráter nós ficamos em primeiro lugar.
Depoimento contido na biografia de Tim Maia, a ser lançada por Almir Chediak. Trecho inicialmente publicado no caderno EU&, do Valor Econômico.
# | (0)Cultíssimos, interessantíssimos, antenadíssimos. É o que diz o currículo.
De perto, ninguém é profile.
# | (0)Trinta mil embalagens de cigarro. Atestados de óbito com design, conforme a ótica.
Dica valiosa do Jonas.
# | (1)"A moto eu vou vender, e o rádio vou dar pra minha tia."
Josimar, ex-lateral do Botafogo, revelando o destino do Motoradio recebido pela atuação na partida.
"É preciso chegar às abertas e miradouros para achar a razão de ser da fama de Penacova, que é o seu admirável panorama de água, pinho e penedia."
Vitorino Nemésio.
Senadora Amidala, de Star Wars, e Thalia, atriz e cantora mexicana.
# | (0)John Warwicker, designer-fundador do Tomato, revela uma lucidez rara em entrevista à revista Publish.
# | (0)Três dicas poderosas da 700Km:
Da Sociedade americana para a prevenção da crueldade com Robôs, passamos para um relacionador de alhos com bugalhos e, finalmente, para uma aula de Topless Yoga.
# | (0)"Para vocês, a máfia é só a dos outros e não se reconhece que também no seu país há a presença forte do crime organizado. É preciso que a sociedade brasileira debata isso com urgência. A máfia, hoje, não é só siciliana. Ela é transnacional."
Giusto Sciacchitano, vice-procurador antimáfia da Itália.
150 músicos mortos ganham ação contra sua gravadora.
Assunto enterrado.
# | (0)"Campeonatinho mixuruco, nem tem segundo turno!"
Garrincha, durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 58.
Fica proibido, combinemos:
- Carioca falar na Mangueira.
- Paulista falar na Cohab.
- Baiano falar no Olodum.
Depois de "Eu amo a minha esposa.", "Jesus my pilot." e tantos outros, o adesivo da moda informa:
"Rastreado por Jesus."
Revelador o vínculo do todo poderoso ao Detran. Quem sabe. Pode ser um cargo de confiança. Muita confiança.
# | (0)Dada a paranóia, é possível que o Spike Lee veja racismo em biscoito Negresco.
# | (0)Um compositor foi acusado de plágio por ter "copiado" um minuto de silêncio.
Durma-se com o barulho.
# | (0)"Não sei, chutei, a bola foi indo, indo... e iu!"
Nunes, ex-atacante do Flamengo, ao descrever um gol.
Tanto beijaram a taça, que vale um banho em água sanitária. Alguém vai correr um risco qualquer? Herpes? Sapinho?
# | (0)Agência de classificação de risco é uma versão corporativa da mesa redonda no futebol. Um festival de suposições a quem olha de dentro, e pilhas de supositórios a quem vê de fora.
# | (0)Tornei a redigir, novamente. Minhas letrinhas voltaram, que maravilha.
Dos menores, os males.
# | (0)A publicidade é resumida, nos dias atuais, a piadinhas e trocadilhos curtos.
# | (0)
"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu..."
Claudiomiro, ex-meia do Internacional-RS, ao chegar em Belém do Pará.
Das composições:
- Açúcar com melado.
- Angélica com César Filho.
- Coca-Cola com laranjada.
- Eliana com Roberto Justus.
- Toddynho com Ovomaltine.
- Patricia de Sabrit com Fábio Jr.
O que possui menos sal?
# | (0)O Elmefaria disponibilizou gratuitamente uma utilíssima escala cromática em PDF. Aproveite, Caboclo.
# | (0)"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe."
Jardel, ex-atacante do Grêmio.
Qual a origem e determinação do tratamento eclesiástico? Por que há de ser tratar um membro da Igreja Universal como "Bispo"? Há uma escola ou formação reconhecida, como no caso do clero convencional?
Diploma? Engane outro. Ali o papel é contra-cheque ou contra-senso. E contra o fiel, creio.
# | (0)Interessantíssima a carta do Mario Prata ao Fernando Henrique, linkada pela Marina. Um destaque em especial:
(...) recebo um telefonema da produção do Fantástico, da Rede Globo. Me diz o rapaz que eles estavam pedindo para cinco escritores brasileiros uma pequena crônica de 30 segundos para ir ao ar logo mais. Fiquei envaidecido, presidente, de poder usar 30 segundos do Fantástico para cumprimentar aquela garotada toda. Só que – acrescentou o rapazinho – não tinha cachê. Se eu não faria o trabalho só pelo prestígio, senhor presidente. Será que esse rapazinho sabe quanto o Fantástico cobra por 30 segundos de comercial no domingo à noite? Será que ele sabe que eu trabalho há 42 anos, diariamente, para viver de... prestígio?
Cada qual sabe onde dói o calo, mas pesa a avaliação delicada para não vender a alma ao diabo. Nada é explicitamente errado, mas tudo perde o rumo ante a falsa impressão. Não acredite em veículos de porte, ou mesmo os quem trajam o rótulo "moderno". Salvo casos raros, não entregue o valor pessoal de graça. Midiotas acreditam que o profissional age como um fã inconsequente, oferecendo seu corpo em troca de exposição. Respeitemo-nos.
Outra do Mario:
Quanto acertam o preço, sempre dizem: ´Mas são só duas páginas´, ao que respondo: ´Se for por tamanho, a teoria da relatividade tem três letras.´.
O tamanho do cliente é inversamente proporcional ao pagamento. Esta é quase uma regra.
# | (0)Sensacional a entrevista do ator Antônio Pedro, no programa Por Acaso. Desconhecia seu pensamento articulado.
Baideuei, o José Maurício Machline é, fisicamente, uma versão robusta do Rowan Atkinson (vulgo Mr. Bean).
# | (0)Detesto os anúncios do McDonald´s com aquela estética insípida, de gente impecavelmente limpa, branca e boba. Suas fezes são imputrescíveis?
Há, aliás, algum fundo de verdade sobre a validade dos sanduíches lá produzidos? Um e-mail recente, ainda que alarmista, estimava em dez minutos o prazo de consumo sem alteração na textura pela temperatura. Aos vinte, afirma, o processo de decomposição pela ação de bactérias é iniciado.
Procede?
# | (0)Durante o final de semana, acontece a edição anual do Arte de Portas Abertas de Santa Teresa.
Curiosidade: o ícone "Jovens Aprendizes" é um caractere Blind Fontes, do camarada Rosauro.
# | (0)
"Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais à mão."
João Pinto, jogador do Clube do Porto, em Portugal.
Por que todos os cenários em Star Wars sugerem – em desenhos ou objetos – a forma concêntrica?
# | (0)A conversa toma rumo e o ambiente descontrai-se, quando sobe o aroma de fossa. Constrangimento, entreolhares e uma rápida conferida na sola do sapato, um a um, discretamente. Em dado momento abre-se o jogo, visto que no hay mierda nos presentes. Cheira-se aqui, funga-se lá, e descobre-se: a fragrância parte do pacote de biscoito próximo, da Elma Chips.
De Cheetos a Shitos, sem escala.
# | (0)O melhor nome de edifício de todos os tempos: Nhecolândia, em Ipanema.
Aproveite e conheça a reserva homônima.
# | (0)Esse George Lucas é um grande sacana, há que se admitir:
Clichês e pastiches usuais em quantidade proporcional à de um restaurante à quilo fazem do segundo episódio de Star Wars uma divertida salada de referências extra-oficiais. Entre A Noviça Rebelde, Flash Gordon, Robocop, Gladiator e Jurassic Park – para comentar uma pequena parte – poucas produções ficam de fora. Vale ousar um anime, até. Desde que um episódio de Star Trek apresentou a "válvula Totoro", nada é exagero.
Pretendia conferir a versão digital, mas a indisponibilidade da sala no horário marcado deixou como opção a boa e velha projeção homeopática. Posto que a edição é um delicioso convite à dublagem, foi difícil conter o pensamento paralelo, recheado de incontáveis bobagens. Há ali uma nova estória engraçadíssima, creio.
É natural que o filme concebido como um monstruoso demo de computação gráfica reserve aos atores o quinto plano, flagrando-os em nítido desconforto com a atuação em chroma-key. Ainda que não me atraia o universo de Star Wars, penso que um bom diretor poderia trabalhar melhor o fraco roteiro. A coerência pede que a atuação de destaque parta do Yoda, por razões claras.
O poder computacional distorce as impressões, trazendo uma falsa onisciência da qual – aparentemente – padece o tio George. Os TeraBytes derrubam paredes, mas não abrem todas as portas. Vale a tentativa, bem como a noção de que a ansiedade proporciona um falso pioneirismo. As frutas precisam ser reais, Lucas. Ainda.
Há mérito na propaganda do filme cem porcento digital? Lembro que não houve captação em boa parte do material, parcialmente ou em cenas inteiras. Mas vale a pipoca e o som, cheio de efeitos interessantes.
# | (0)Extra:
Homem-bomba português tropeça ao sair de casa.
# | (0)Infelizmente o ano não tem se prestado a trabalhos interessantes, e pouco do que realizamos será registrado no portfolio. A saída é intensificar o estudo experimental, como sempre, para evitar que a mente atrofie.
# | (0)Saindo da informalidade de alguns franqueados e correndo atrás da concorrência, o McDonald's finalmente vai implantar o delivery, inicialmente em Goiânia, Brasília, São Paulo e Rio, em uma experiência que pode ser exportada para outros países.
Se Maomé não vai à McMontanha...
# | (0)Jamais encontrei qualquer graça na Marisa Orth. Soa abobalhado aquele olhar fronteiriço.
# | (0)Espera-se que a rapaziada do "eu já sabia", "sei como é" e "eu já passei por isso", consiga adivinhar para onde precisa ir.
Nostradamus sociais.
# | (0)"À partir de agora meu coração tem uma só cor: rubro negro."
Fabão, zagueiro baiano, ao chegar no Flamengo.
Em um outdoor de campanha das novas embalagens Sadia, o homem veste o peru, e a mulher, frango/galinha.
Subliminar?
# | (0)Urge o estabelecimento dos Estados Humildes da América. Rush, Bush.
# | (0)"Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da Varig..."
Mengalvio, ex-meia do Santos, em telegrama enviado à família durante uma excursão pela Europa.
"Ah, deixai-me dizer-vos que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência. É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas no enlaçar de uma cintura semovente. Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes. Indispensável. Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida a mulher se alteie em cálice, e que seus seios sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca e possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas. Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal! Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas e que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem no entanto, sensível à carícia em sentido contrário."
Vinicius de Moraes, 1913-1979.
Submeta sua imaginação, e veja se a máquina pode adivinhá-la.
# | (0)
Financier
- 200 gramas de glaçúcar; 75 gramas de farinha de amêndoas; 9 claras; 250 gramas de manteiga; 90 gramas de farinha de trigo; 2 pitadas de baunilha em pó.
Derreta a manteiga numa panela. Numa vasilha, misture bem o glaçúcar, as farinhas de trigo e de amêndoas e as claras com a manteiga, que ainda deve estar quente.
Deixe a massa descansar por uma hora.
Ponha a massa em forminhas de empada untadas e asse por aproximadamente dez minutos em forno pré-aquecido a 180 graus. Espere esfriar e desenforme.
Sirva com o café. E reze.
# | (0)Adoro o hino nacional executado em violoncelo. Há uma carga dramática.
# | (0)O que essas meninas fazem para ficar tão formosas, e cada vez mais cedo? Aminoácidos com farinha láctea? Açaí com Corn Flakes?
# | (0)"Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola!"
Bradock, amigo do Romário, reclamando de um passe longo.
Tremenda bobagem a dispensa dos Bombeiros para o desfile da seleção, feita pela CBF.
Egoísmo do Ricardo Teixeira, comenta-se. Queria todas as mangueiras pra si.
# | (0)Pena de morte para o próximo que executar Carmina Burana, sem direto à apelação.
# | (0)Messiê Billy Bacon, finalmente, no ar: toda Nú-Dës será contratada.
# | (0)“O contrário do design é o caos.”
Buckminster Fuller.
Pauta recorrente, mas válida: Design para exportação.
# | (0)A Globo FM precisa entrar em alguma promoção para renovar o estoque musical. Se ouvir mais uma vez Smooth Operator ou Keep Crying, grito.
# | (0)Em reunião de briefing com alguns fotógrafos o diálogo exaspera, enquanto ele diz a ela:
– "Você fica tensa, pois não tem um saco pra coçar!"
# | (0)Há quem não entenda minha reação fria à maioria das abordagens-surpresa. Minimizando futuros desentendimentos sobre o semblante usual, esclareço:
Acontecido o inesperado, gasto valiosos segundos nos registros internos para relacionar figura e nome – os quais geralmente esqueço – e buscar algum movimento facial ou emocional condizente entre a timidez e a pouca motivação. É da natureza das coisas a frieza, mais aparente que real, mas a tendência é que passe por mal educado, infelizmente.
Esse problema em relacionar nomes e pessoas é a base de constrangimentos inúmeros. Preciso desfragmentar a cabeça.
# | (0)Pela imprevisibilidade, é fácil imaginar: chegam os jogadores, liberam o excedente de bagagem e apreendem a taça, sem nota. Vai ter gente engolindo medalha, sendo pega e fichada como "avião". Veja só.
# | (0)
Papai do céu, promova o encontro das cornetas com os rojões, e combine entre seus usuários a dupla penetração anal.
Amém.
# | (0)Uma das mais brilhantes vem do Ronaldo:
– "O feio está na moda."
Gênio.
# | (0)O É o Tchan vendeu seis milhões de CDs.
O Sílvio Santos perguntou o que é uma "diagonal".
A Sônia Lima gravou um disco.
O Alexandre Frota lançou um livro.
E alguém ainda estranha a crise na Bolsa?
# | (0)Tostão, em 1970, e Roberto Bolanos, o Chaves.
Ambos no México. Sintomático.
# | (0)
Esbarrar com o seletor no Faustão tem das suas. Dado o desnível do palco, quando a câmera enquadra em close o rotundo apresentador, vê-se ao fundo um corte horizontal do corpo de baile, resultando uma parede de belas barrigas e indizíveis umbigos femininos.
Menos, Elesbão. Menos.
# | (0)Ignorante e desrespeitosa a campanha do celular Oi, que salienta a embalagem translúcida dos aparelhos no mote não é apenas design, e sim filosofia. A mancada prima em revelar o desconhecimento sobre outra carreira tantas vezes surripiada nas diretorias de arte.
A filosofia é intrínseca à projetação, que denota uma das características mais importantes do design. Há muito o que explicar ao publicitário, pelo visto.
# | (0)Klaus Kinski, como Nosferatu, e Pierluigi Collina, o juiz da final da copa.
# | (0)
