– "Viu que o Hugo Chávez alardeou o fim do analfabetismo na Venezuela?"
– "Genocídio?"
– "Viu que o Hugo Chávez alardeou o fim do analfabetismo na Venezuela?"
– "Expatriou geral?"
– "Viu que o Hugo Chávez alardeou o fim do analfabetismo na Venezuela?"
– "Agora só falta você!"
Nem imagino se alguém já coleciona recortes das mais belas mulheres que saem na coluna do Boechat. Negócio sério, rapaz.
Outro dia vi uma designer, inclusive. Fabiana Guerreiro. Que mulher bonita, valha-me.
# | (1)Retirada de uma discussão sobre diferenças entre a CORE e o BOpE, mas que deve ser aplicada para a vida:
"Se você não entende do assunto, fique quieto que você ganha mais."
# | (0)E o anúncio do regulador intestinal, onde a mulher não consegue fechar a calça antes?
Que nojo.
# | (0)E veio por duas fontes, coincidentemente às vésperas de um evento no Senai, uma revelação sobre a curiosidade acerca de minha apresentação solo. É fato que nas duas ou três vezes que o fiz, eram eventos isolados, quase desconhecidos, mas o cronograma do escritório inesperadamente respondeu-lhes na medida em que comprometeu a presença dos outros sócios na última quinta-feira.
Não foi uma apresentação marcada pela regularidade, nítida nos atropelos imputados fora dali, pelos clientes, impedindo um planejamento prévio. Mas tudo bem. Eram alunos essencialmente técnicos, alertaram-me, um pouco herméticos, mas ao final salvaram-se todos, ou quase.
# | (0)E quando a platéia acompanha com palmas? Eu nem me refiro às que atropelam o ritmo. Não precisa chegar aí.
# | (0)O sujeito aporta na Academia da Cachaça, e resolve degustar:
- Lua Cheia
- Canarinha
- Mercedes
- Lua Cheia (replay)
- Tabaroa
- Jacutinga Especial Envelhecida
- Boazinha
E ainda sai de lá para outras paragens, com uma garrafa lacrada de Lua Cheia. Custo/benefício, você sabe.
Alcoólatra.
# | (8)Ainda sobre o formato da cerimônia do Nobel, aquela especulação acerca da natureza casual e o poder de incerteza durante o evento, algo sem prévio anúncio, vale também a troça no que diz respeito ao ambiente matrimonial, uma outra possibilidade para a cerimônia essencialmente imprevisível. No mínimo um belo golpe na monotonia.
# | (0)Na próxima eleição municipal, o tema virá de novo e com força, a favelização, agora relevada pel'O Globo diariamente. E eu arrisco um chute urbanístico, dentro da perspectiva de remoção daquelas de pequeno e médio porte, e redimensionamento das grandes comunidades: planejamento e desapropriação de áreas industriais decadentes na Avenida Brasil, Linhas Amarela e Vermelha, e do entorno de alguns ramais ferroviários para a instalação, com a ajuda de batalhões de engenharia do exército, de – bons – edifícios pré-moldados. É uma visão geral, talvez "burguesa", talvez ignorante, mas inicial para um entendimento sério sobre a necessária revisão de ocupação da Cidade. Existe um limite para a esculhambação.
# | (3)Espalhar que em algumas urnas a opção era NAUM, acaba sendo um hoax maldoso e infelizmente crível pela circunstância atual.
# | (0)– "Não existe mulher feia, só mulher sem dinheiro."
– "Então eu já fiquei com a mulher mais pobre do mundo."
Nem a Mesbla sobrevive, mas alguns poucos ainda lembram de sua comemoração pelo bicentenário da Revolução Francesa, aquela réplica da Torre Eiffel no Aterro, algo que eu não cheguei a conferir de perto. Preguiça, sempre ela.
Mas eu não teria paciência, também, para aquela reprodução da cena final do Retratos da Vida, com o bailarino Jorge Donn e o Bolero de Ravel.
E porquê eu fui lembrar disso, agora? Sei lá.
# | (0)– "É impressionante como há novas faculdades de design, principalmente no sul."
– "Aqui, fora da capital, só em Campos."
– "O Estado do Rio é um caso diferente..."
– "É eu sei... o Rio é sempre uma exceção nas discussões do Conselho."
– "Um bom exemplo é o ato falho 'cariocas e paulistas', quando é correto 'fluminenses e paulistas' ou mesmo 'cariocas e paulistanos'. É um sintoma."
Registre-se o mérito do TIM Festival na melhora do ambiente, uma evolução sensível em relação ao Free Jazz. Se o clima deste era melhor, uma campanha mais interessante – mesmo aquelas pouco ou nada estimulantes, cabe ao novo as benesses de uma experiência pregressa de produção, o know-how que a Dueto acumula há vinte anos.
Mas a campanha, minha nossa senhora. Que jingle tôlo, esse do Festival atual. Quantos anúncios fracos. É algo que supera em parte a pobreza gráfica da própria operadora. Foi outro dia, aliás, que percebi uma semelhança entre aquelas tiras da marca TIM e a disposição das faixas elásticas que delimitam filas em agências ou eventos. É por aí.
E se você observou – e testou – uma instalação onde a folhagem reagia às pisadas, fica o registro: é um trabalho da Visorama com a YDreams. Vem mais por aí.
# | (0)– "Você, que já deu palestra em vários lugares, já notou uma galera que odeia carioca? E o pior são os argumentos: 'Eu odeio designer carioca porque eles se acham.', 'Eles são muito estrelas.'. No R eu vi isso claramente... não entendo o porquê dessa raiva."
– "É contra alguém em especial?"
– "Basta ser carioca. O pessoal fala isso abertamente. Reclamaram que no R tinha muita palestra portfolio, mas o cara de São Paulo também foi por aí e ninguém comentou."
– "No caso do design eu até arriscaria explicar: uma conjunção de fatores como o bom relacionamento e o mérito profissional têm dado ao design carioca um espaço nitidamente maior em eventos. É claro que há uma distorção natural, gente na carona e sem conteúdo, mas existe também um aspecto de acessibilidade do profissional do Rio, que eu pouco vejo em outros lugares. Não há uma postura voraz, de concorrência, como no exemplo do mercado paulista, e isso pode facilitar a disponibilidade. Agora, de toda forma, antes de qualquer justificativa, há que se entender um ressentimento natural de quem se vê pouco representado. E eles merecem e devem buscar o espaço, e mais, honrá-lo."
– "Pode ser isso, sim."
– "Aí você volta ao contexto histórico, da visão do 'malandro', 'folgado', os rótulos extra-oficiais, talvez justificados por muita gente que perpetua esse jeito babaca de ser. É um perfil comum a qualquer região, mas que no somatório carioca potencializa a imagem depreciativa. Baianos, paulistas, pernambucanos e outros tantos são naturalmente marrentos, mas a projeção do Rio concentra o rótulo."
– "Eu fico muito revoltada."
– "Acima de tudo, a velha máxima sobre a vulnerabilidade de quem está em destaque. Mais normal, impossível. O sujeito descarrega toda a raiva, justa ou não, em quem estiver ao seu alcance. Eu acredito nessa hipótese."
– "Eu acho tão acessíveis aqueles participantes, tão tranquilos..."
Outro dia o veterano da Segunda Guerra, e ontem um antigo fiscal de mergulho de uma plataforma do Mar do Norte. E ainda me falam dos táxis novaiorquinos.
Alguém realmente precisa fazer um grande registro da fauna taxista. É material para um longa.
Ps.: O sujeito ainda comenta que havia pego ao acaso, horas antes, um antigo superior. Só em Copacabana, realmente.
# | (0)Em tempos de cuidado extremo com a pele, a julgar pelas revistas, campanhas e produtos, vale rir com o passado recente onde preponderavam as velhas receitas caseiras e os bronzeadores contrabandeados pela moda, como o Rayto de Sol.
Cenoura Bronze... outro que ainda rende um filme pornô.
# | (1)– "Vocês receberam um ioiô da Telemar?"
– "Não, mas é uma boa metáfora do serviço."
– "Chegou aqui hoje... fiquei bobo com a produção do negócio. Promoção do Dia das Crianças, dentro de uma caixinha alto nível."
– "'tão dando para todos os assinantes?"
– "É... gastaram uma grana!"
– "Imagino. Dá pra ver o 'Made in China', ou tá escondido? Deve ser promoção, acima de um milhão de peças. Agora você tenta imaginar um navio repleto de ioiôs."
– "Deve ser nesse esquema."
– "Se afundar, ele volta – essa foi horrível."
Do site do "Leão" veio a notícia:
Hoje, dia 1º de agosto, aniversário da cidade de Piracicaba, no salão Nobre da Câmara de Vereadores de Piracicaba, o comunicador Gilberto Barros receberá o título honorífico de "Piracicabanus Praeclarus."
E que não se imagine o porquê do nome, ou do merecimento.
Eu já pensei bobagem.
# | (0)– "'tava subindo e pensando que um vendedor de balas se daria bem dentro do elevador daqui... vive cheio e demora pra caralho. 'O passatempo da sua viagem, enquanto ele pára em todos os andares antes de chegar ao seu.'"
– "Os daqui têm livre arbítrio..."
– "Às vezes eu levo dez minutos esperando."
– "Aqui vem rápido. Também, tirando a filial do Boy Service, não imagino mais gente aparecendo."
– "Acontecem coisas interessantes. Eu desci pra fumar outro dia, e um segurança entrou comigo no elevador. Quando chegamos ao hall, ele deixou a arma cair no chão e disparar."
– "Ah, que beleza..."
– "As filas dos elevadores da minha coluna são tão grandes quanto as de ponto final de ônibus, e como não há cordinhas para organizar, vira uma serpetina. Quando os elevadores chegam, todo mundo fura a fila já que os últimos estão ao lado da entrada. É meio selvagem, as pessoas ficam desesperadas."
– "Bom saber. Não a visitarei."
– "Mesmo porque é chato subir, tem que fazer cadastro na portaria."
– "Aqui tem senha eletrônica: você passa, fala "eaaêêêê" e faz um sinal positivo. O porteiro responde aproximadamente o mesmo, e tudo bem."
Há três elevadores no edifício onde trabalho, o Worst Trade Center. Temperamentais, apresentam personalidades distintas: o primeiro com a pausa dramática a cada pavimento, para o desespero dos novatos e a delícia dos locais; o segundo que pára – e pára mesmo, ao menor sinal de cansaço; e o terceiro com ar de curinga, dificilmente encontrado no horário comercial. Deve ser um freela.
# | (1)O verdadeiro problema não é o ingresso para o Tony Bennett por até 400 reais, mas o da Ivete Sangalo a 200.
Seriedade, por favor.
# | (0)A memória não ajuda, mas é certo que presenciei o ônibus "Super Paraíba Tour" aqui nas proximidades do Corcovado.
# | (0)É verdade que eu acabo reparando nas placas de fora, e foi assim que, à caminho do trabalho em um horário alternativo, dei com um furgão branco de Ananindeua, Pará. Tudo tranquilo, não fosse essa a cidade em destaque no obscuro programa de tevê da insônia dominical.
Isso é estranho.
# | (0)Você não imagina o ódio que eu sinto dos apresentadores que ficam lendo manchetes dos outros veículos.
# | (2)Alguém talvez descubra a relação entre o volume capilar e a música.
Será que tampa a orelha?
# | (0)Quarenta e um anos da primeira explosão atômica chinesa:
"On the question of nuclear weapons, China will commit neither the error of adventurism, nor the error of capitulation (...)"
Fragmento do pronunciamento oficial do governo chinês em 16 de outubro de 1964.
Em uma campanha como a do Referendo, a utilização de personalidades me parece má fé.
# | (1)Quando você acha que o envolvimento com o escândalo do "mensalão" é o ponto mais baixo do Banco Rural, você lembra que ele era acionista da Rede TV!.
# | (0)Wesley Snipes, Vin Diesel, eu confundo todos, principalmente os mais recentes. Talvez eu seja feliz, inclusive.
Mas que seria divertido um filme com essa rapaziada no Complexo do Alemão, ardendo em alguns pneus ou tomando teco do Bope, ah seria. Eu até compraria o DVD.
# | (1)Sabe aquela criança que paquera os pertences dos amiguinhos? Sou eu, com as cafeteiras dos clientes.
# | (0)Tchurunanublaze... maroulive
Tchurunanuglanver... maroulevre
Vendo Chokito-ô... marouglive
Tchurunanublaze... lalalalá
Vendo bala... no trabalho
Vendo Chokito-ô... magalhainze
Trabalhador-ô... aquele Rap
Euuueuderado... temarada
Vende Bombom-ô... magalhainze
Considerado-ô... qualquer parada
Compro barulho-ô... magalhainze
Trabalhador-ô... vendo bala
Tomaram minha caixa... de bombom-ô
Do Serenata... de Amor-ô
Aquele Rap... eu trabalho
Considerado-ô... patabalho
Vou pro Coleginho-ô... César Maia
Quebrou a firma... César Maia
Todo mundo duro-ô... magalhainze
"Agora dança do Magalhães vai lá ôôôô... magalhainze"
É quatofunke... maroulive
Tchurunanublaze... marioklunfer
Cato garrafa... no Mackenzie
É Magalhainze... magalhainze
Você trabalha... vende Chokito
Tchurunanublaze... maroulive
Tchurunaluglanve... lalalalá
Considerado-ô... me pegaro-ô
Tomaram minha caixa... de bombom-ô
Serenata de amor-ôôô... magalhainze
A Verdade... a verdade
Mando nas mulheres... eu que mando
É eu que mando... magalhainze
Você que é o cara... magalhainze
Esse é o RAP do Trabalhador, versão live.
Se liga, Arnaldo Antunes.
# | (2)– "'tá passando um programa sobre guerra química no History Channel. Porra, nego já lançou até mosquito em cidades vizinhas... puta merda!"
– "Araruama deve ser o novo Vietnã, então."
Quem aproveita a passagem de veículos de emergência para cortar o tráfego, deve sangrar em praça pública.
# | (1)Repare em quantas das grandes descobertas devem-se a acidentes, a misturas inesperadas, coisa do tipo.
A humanidade precisa dos atolados.
# | (0)– "Você assistiu a greve de fome do Padre? Nunca vi alguém morrer disso."
– "Não acompanhei, mas já li alguns casos."
Se eu fizer greve de fome, o Cremerj publica uma nota em apoio.
# | (0)É pretender voltar a pedalar, e sair um artigo alertando sobre o risco de impotência na utilização do selim tradicional – o que não chega a soar estranho para todo aquele que já saiu "dormente" de uma bicicleta.
Agora eu não sei se emagreço ou tenho filhos.
# | (1)Por alguns instantes a paranóia pessoal relacionou o tom dos galpões da Cidade do Samba ao da marca da Prefeitura. Não imagino que a sensação se repita pelo país – muito pelo próprio histórico de separação fluminense, mas ainda pode surpreender o incauto nativo, essa força com a qual o Município e o Estado do Rio carimbam e demarcam as iniciativas.
# | (0)Hum mil, quatrocentos e quarenta quadros de silêncio em memória do arquivo da Aardman, consumido pelo fogo na madrugada.
Com tanto lugar para arder por aí... que tristeza.
# | (1)"O atletismo parece feito com as sobras dos outros esportes."
Dale Gribble, O Rei do Pedaço.
Ainda que o analfabetismo funcional pareça e possa realmente ser o pior sintoma, há também a empedrada patrulha ortográfica, os maneirismos e a curiosa intolerância de quem eventualmente passa ao largo do exemplo gramatical.
# | (0)E foi pesquisando terceiros, que me descobri presente no IMDB.
Que bizarro. Que medo.
Gostei.
# | (1)Saíram notas sobre os dez anos da Globo News em 2006, cuja comemoração, já no próximo dia 15, inclui a "nova programação visual".
Nova? Havia algo?
# | (0)"Olha, você me desculpe..."
Detesto essas escusas frequentes. Quer falar? Fale.
# | (2)– "Eu li uma crítica há algum tempo. Falava bem, mas vai saber..."
– "Chamaram um cara da Disney para fazer os efeitos, né?"
– "O Pateta?"
Quem tem um olho:
a) é burro.
b) perde tempo.
c) monta uma igreja.
d) faz um blog.
e) lê um blog.
E a Autodesk compra a Alias.
Qualquer dia sobram a Autodesk, a Adobe, a Microsoft e a AOL... e a Visorama, que ninguém vai querer mesmo.
Ps.: Isso sim é comprar software.
# | (2)Qual a graça em conhecer os agraciados com o Nobel antecipadamente? Alguém já deve ter observado isso. Que tal uma cerimônia brega como as de premiação televisiva, com direito a casais de apresentadores e piadas temáticas? Um exemplo gringo:
What is the difference between a physicist, an engineer, and a mathematician?
If an engineer walks into a room and sees a fire in the middle and a bucket of water in the corner, he takes the bucket of water and pours it on the fire and puts it out.
If a physicist walks into a room and sees a fire in the middle and a bucket of water in the corner, he takes the bucket of water and pours it eloquently around the fire and lets the fire put itself out.
If a mathematician walks into a room and sees a fire in the middle and a bucket of water in the corner, he convinces himself there is a solution and leaves.
Audiência: traço.
# | (0)A mecânica do vestuário poderia ser renovada através de parâmetros como aqueles utilizados na culinária, por exemplo, facilitando o acesso e o entendimento sobre a dimensão do indivíduo:
– "Eu queria uma calça 'para duas pessoas'."
# | (1)– "Não parece, mas eu nunca mudei o visual radicalmente."
– "Eu também não, a natureza se encarregou."
Eu odeio – e com força – quando acaba um programa e a tela se deforma para os créditos.
# | (0)– "Você tem sonolência quando alguêm trabalha ao seu lado? Alguma função básica, digitar, martelar..."
– "Eu nunca pensei nisso, vou observar."
– "Tem um cara colocando prateleiras aqui... 'tô morgado."
Pressente-se no esporte profissional uma tendência à irresponsabilidade corporal, a paranóia olímpica e a competição obsessiva e boçal, tão distante de um ideal saudável quanto aqueles contrários ao qualquer-esforço. Vem pela imprensa também, essa visão generalista e imediatista que transforma o gosto pela prática natural em um ritual esbaforido em prejuízo do próprio "atleta".
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