Já não é novidade a presença dos mendigos-camelôs em frente à Mitra Arquiepiscopal, na Glória; mas não deixei de me surpreender com uma estátua do Oscar – ou Troféu Imprensa – beirando o metro e meio, paramentada com o gorro preto em lã, ontem.

Eu só queria um olho digital.

Toda a expectativa pelo show da Flora Purim, no Rival, mostrou-se um tiro n’água pelo conjunto da obra: uma voz econômica, os excessos da cozinha e o repertório mediano.

Em que pesem os lobbies, eu aposto na concretagem das vias como alternativa econômica e de segurança; o custo maior que se dilui pela duração estendida, assim como o ganho de luminosidade.

A Infraero já aprendeu, e planeja adequar outros aeroportos ao Galeão – um dos cinco no mundo a adotar o padrão.

Conforme a apresentação, a Elba Ramalho passaria como a mãe da Shakira.

Aumenta não apenas o trabalho em vídeo, mas a saudade do impresso, onde reside, possivelmente, a vocação.

O cheiro da tinta faz uma falta danada.

Mensa?

Grande Mensa.

Um colega, designer por formação, lamenta seu afastamento progressivo nos últimos anos, enquanto pestaneja diante do possível retorno à carreira, acreditando-se desatualizado no manuseio dos software.

De fato, se é pela ferramenta que ele avalia, é melhor que permaneça fora.

A personalidade reage como a pólvora, enquanto pouco importam a técnica e suas congêneres. Diante disso, de nada servem a repetição e a consagração.

Quanto aos “Seis Graus”, vivo o estágio de um para o resto.

Diante do tumulto escolar corriqueiro, olho para o letreiro: Creche Apareche.

É por isso que eu não ando armado.

Jornal do Brasil, 18 de maio:

Sintomático.