Ao entrar no restaurante, sem consulta, o segundo dirige-se naturalmente à seção fumante.
É torcer pelo enfisema, ou pelo simancol.
20/02
Ao entrar no restaurante, sem consulta, o segundo dirige-se naturalmente à seção fumante. É torcer pelo enfisema, ou pelo simancol.
Comentários desativados em Não perguntar, ofende
19/02
Eram novos os sotaques subindo a vizinhança, e esse indÃcio off-broadway já sugeria a ocupação dos mais diferentes cantos, há poucas horas do show. O convite para um apartamento próximo ao palco poderia compensar o meu pequeno interesse pela banda, mas ainda restava chegar, encarar a concentração inédita e aflitiva nos últimos quarteirões, gerando aà um primeiro dos vários recordes mundiais daquela noite: o bolinar coletivo. Foi quando o meu celular, tadinho, tão novinho, se foi por alguma daquelas mãos não tão bobas. Uma vez protegido pelo quarto andar, e sem maior interesse pelo palco, acabei fascinado pelo rock’n roll paisagÃstico: barcos engarrafados, dezenas de Towners-lanchonetes, isopores de cerveja em fila dupla e, naturalmente, as churrasqueiras, a essência nacional. Gente por sobre os banheiros quÃmicos – ao final, dormindo! – e pulando em cima de veÃculos, como a Kombi que teve o teto afundado. Vá explicar ao seguro… Muito se especula sobre a energia da banda, principalmente o Mick. Se há um coquetel de raÃzes e quÃmicas, também acredito no sedenho, a existência de algum mecanismo para esfolar a genitália, como nos touros de rodeio. Quem não pularia por três horas? Na saÃda, ainda de madrugada, os escombros materiais e humanos pelas ruas, todos juntos. E saindo de Copacabana, pelo canteiro central após o túnel, uma freiada imensa que nos fez virar e acompanhar um corpo ainda no ar, voando até cair inerte. O táxi, que vinha cheio e gananciosamente acelerado, destruiu a si mesmo e ao pobre folião. Deprimente. Anyway, o saldo parece promissor. De um público dessa magnitude não se esperam menos problemas, pelo contrário. Um milhão de monges não fariam diferente. Seriam bem chatos, aliás.
Comentários desativados em Show do Milhão
18/02
Já não há uma garantia local de grandes eventos privados como o Rock in Rio, ao passo que outras regiões do paÃs firmam temporadas musicais no alto verão. A Prefeitura, escaldada pelas polêmicas do réveillon, chuta com Lenny Kravitz “fora de época” e, de mal a mal, descobre aà uma possibilidade para reforçar o pré-carnaval nos cofres cariocas. Agora resolve apostar alto, aumentar os riscos e os possÃveis ganhos: passando por hoje, oficializaremos a data, um possÃvel nome e todo o marketing congênere. Quem sobreviver, verá. E para o ano que vem eu aposto fichas em Paul McCartney. 17/02
A pessoa de alguma convivência acaba avaliando e registrando o gosto alheio em um resumo definitivo, confinando a uma definição que não se permita relaxar. É o “refinado” que não pode querer ouvir Roupa Nova, por exemplo. Dá um tempo, pipou. 16/02
A Zhang Ziyi até revigora aquela fantasia tão comum com as orientais. Porcelana total.
Comentários desativados em Sashimi
O dono do apartamento a ser visitado, sem camisa, em meio à bagunça: – A empregada não veio.
Comentários desativados em Sterilair
15/02
Uma vez falido, o sistema carcerário requer procedimentos direcionados ao modelo infrator especÃfico – o descaminho, por exemplo: e se o objeto da apreensão for, por lei, obrigado a ser “ingerido”? – E se foram 13 quilos de cocaÃna? Azar o dele. – E se forem toneladas de cigarros? Azar. – E se forem vÃdeo-cassetes? Com tomada e tudo.
Comentários desativados em Empalador
Ô chatice, quem só consegue elogiar. Dá no saco.
Comentários desativados em Só, somente só
14/02
Existia pelo menos um brasileiro dentro do World Trade Center, dos conflitos no Iraque, no Vietnã e na Segunda Guerra. Havia também no Tsunami recente, no grande terremoto na Cidade do México, durante os furacões de Nova Orleans, em Chernobyl e Hiroshima – fora a Revolução Francesa e a Guerra da Secessão. Há sempre um, não importa o momento. É fato, é uma lei da natureza. E agora a imprensa vem sugerir a subida do primeiro patrÃcio ao espaço. Por favor. Eu ainda vou apostar que naquele julho de 1969, no dia 20, havia sim um brasileiro já estabelecido no satélite natural, providenciando o churrasquinho da rapaziada, e grudando um adesivo “Eu amo a minha esposa” no Módulo. “That’s one small step for a man; one giant leap for mulambada.” 13/02
Um show evangélico em frente ao escritório, para eu aprender a não mais trabalhar em fim de semana. |
Powered by WordPress |
|