– Disseram que vai ter um plano de carreira para designer. Quero só ver.
– Algo como “Você é designer? Arrume uma carreira!”
A nossa percepção divide-se entre os vetores quadrimensionais “ser” e “parecer”. Essa mistura é danada.
– Queria voltar a praticar uma arte marcial.
– Ah, bom… Muito bom! Aikido, né? Mas, tirar você do chão… Esse peso, ihhh… Mas dá, dá sim. Aà cai e arrebenta o tatame, né?
Espera-se que um relacionamento se adapte à solidão costumeira.
Manhã chuvosa, os pássaros e o barulho das folhas. E na rua, um celular toca o hino do clube.
Ninguém está seguro.
– …mas sou o filho do dono.
– O mundo é dos Nets.
Chega a partir o coração, ver o fumante sem ambiente. A gente chora depois, no enterro.
Projetistas e donos de cinema deveriam ser obrigados a frequentar a primeira fileira.
A greve de fome do Anthony Garotinho requer a paráfrase, com o auxÃlio de João Uchôa Jr.:
Só é tolo quem quer.
Não se continua um programa praiano dentro de um restaurante “fechado”. Por favor.
– Ontem eu vi Being There, aquele filme “sério” do Peter Sellers, e pensei em como o cara era feliz sendo alienado e analfabeto.
– Anteontem eu conversei a respeito. O sujeiro que acha graça no Zorra Total, n’A Praça é Nossa… ele é feliz. O pensamento critico só nos faz sofrer. Alguém que ri durante 30 ou 40 anos da Velha Surda, tem importância. É o Elo Perdido.
– Pois é.
– Ele já vive um estágio de absorção das informações, mas não sabe gerenciar isso. É fascinante e deprimente.
Aos ortopedistas e neurologistas do Planalto: há sinapses no mindinho.
E aqui será a terceira grande guerra, descentralizada e no quintal.
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