Perder a carteira e o celular em um curto espaço, impôs a neura: teimo em checar o bolso a cada intervalo. Diante de alguma incerteza, a adrenalina dispara até que o objeto apareça, alguns segundos após.

Filas duplas e triplas, durante todo o dia e em qualquer lugar. O brasileiro merece o país que tem.

Eu tenho aflição de quem engaveta pontuação.

Este hospital é da Prefeitura.

Sugestão para uma placa anexa:

Nota-se.

– Deve ser legal cantar, liberar a energia.
– Caraoquê faz sucesso por isso.
– Cuidado para não comparar a corda com a forca.

Há quem simplesmente ignore o tempo do despertar alheio, jogando, ao acordar, informações sem qualquer potencial de assimilação.

– Mas, a expectativa era maior? Física ou mental?
– Geral, mas a verdade é a minha paciência se esvai. Eu preciso me exilar e manter a comunicação por correspondência. Já avisei que estou em um processo de enlouquecimento progressivo.
– Você põe defeito nas pessoas, ou apenas não as suporta?
– Os defeitos que eu ponho acabam juntos aos da pessoa. Aí, tudo vira um “Carrefour da desgraça”.

Não se critica sem conhecer, mas a intimidade também prejudica. Muito cuidado. É como orbitar um planeta, sem encostar na cápsula.

E, diante da situação, reagi:

– Estou em dieta.

O problema é que aconteceu durante o sono. Nem devanear, eu posso mais.

Encontro o segundo táxi com piso de ônibus. É a simbiose do transporte.

– Eu deveria ter patrocínio.
– Mas, você não é atleta.
– Justamente. Eu sou normal.

Chutar, todo mundo faz. Mas o profissional treina.

Um telefone celular visto como presente: eu não pensei que chegaria o dia.

Sempre que um desses guinchos ocupa a calçada para deixar caçambas de lixo, é como se um caminhão se aninhasse para desovar.

– Deixe uma vela acesa, para saber quando houver vazamento de gás.
– E você quer descobrir da pior forma?