|
19/02
Um ano do celular furtado e um aparelho antigo, emprestado, não comovem a TIM. Sempre que ouço da preferência das operadoras pelo plano empresarial, lembro da porca maneira como sempre fomos tratados – e compreendo. Enquanto isso, toda pessoa física obtém modelos novos, a qualquer momento.
O negócio é ser presidiário.
18/02
– Uma parada que me dá muito ar em carnaval, é que toda reportagem termina com “Então, dá uma sambadinha pra gente ver!”
– Aiai…
– Todo dia é a mesma coisa.
– Imagine com a Bienal de Livros: “Dá uma lida, aí!”
Globo.com, 18 de Fevereiro: Monarquias Árabes buscam reforçar a segurança no Salão do Armamento 2007
Virem os estandes pra fora.
Comentários desativados em Ora
17/02
E no Rocky 7, surge um grill.
Comentários desativados em Palpite
Fernanda de Freitas.
Ah, pai.
Comentários desativados em Molde
16/02
© Cláudio Reston
Comentários desativados em Ajude
15/02
– Sabe aquela livraria ao lado do antigo Espaço Unibanco, a Prefácio?
– Sei qual é.
– Nunca tinha ido além do balcão inicial, mas hoje eu vi um bar nos fundos, e outro – acho – num segundo andar. ‘taí um lugar interessante, daqueles que dá vontade de montar.
– Deve ser foda, ficar o dia entre livros e bebidas.
– Deve ser foda não consumir o próprio estoque.
Só de imaginar quem aproveita o almoço a quilo pra socializar com as colegas de serviço, aqueles chatos que ficam reparando no peso do prato de cada um, bem como os próprios atendentes – íntimos, você já pensa em um seriado.
Comentários desativados em Tíquete
14/02
– E aí, dormiu direito?
– Hoje, eu dormi!
– Que bom!
– Se eu anotasse os sonhos, daria para estagiar com o Alejandro Jodorowsky.
Comentários desativados em O Insone
13/02
Comentários desativados em Amigo?
O indivíduo preserva os piores registros fotográficos e audiovisuais alheios, revelando mais de si, que dos retratados.
Comentários desativados em Caráter
12/02
Eis que o assunto foge da irrelevância cotidiana em páginas e bocas, apontando para a tragédia urbana prenunciada, que parece surpreender outra vez pelo patamar. E o foco, nesse meu entender distante e burguês, passa invariavelmente ao largo da percepção real, ecoando um discurso vingativo dos grandes veículos. Não é por aí.
Se há um necessário ajuste penal, revendo progressões e maioridade, cabe, antes, estruturar instituições apolíticas, unificadas, científicas e capazes de formar agentes policiais, ao contrário dos cangaceiros que passeiam com o nome e o tipo sangüíneo em suas fardas. Entra aí a remuneração equivalente, bem como estruturas que permitam a todos – incluindo o apenado, possivelmente em unidades fabris – o correto exercício de seus deveres em um sistema de segurança pública. O ciclo de violência oficiosa, sob a ótica do talião, não foge da tradicional ditadura imposta às camadas pobres – que encerra em si, desde sempre, a pena de morte. Barbárie, também.
E a questão social vem ao lado, sem assistencialismo. Não é pela erradicação da pobreza, essencialmente, mas da miséria. Qualquer discussão sobre a origem da violência vem depois. É a educação e o acesso, a noção de respeito e dignidade.
Não será o abastado com a varanda coberta em protesto; as camisas brancas e pretas; os tolos filósofos etílicos da zona sul; os colunistas chiliquentos e nem eu: Seremos todos – individualmente –, comportando-se para replicar e definir civilidade.
Ps.: Será que os nobres torcedores que foram ao Maracanã prestar homenagem ao João Hélio Fernandes resolveram não depredar o Estádio dessa vez?
Comentários desativados em Conexões
– Há vários anos eu dei uma festa anos 70, e, juntando os LPs, descobri uma coletânea cujo selo tinha endereço – à época – numa casa vizinha. Para uma rua com não mais do que vinte imóveis, dá para imaginar a surpresa.
– Essas coisas não acontecem em Brasília, é tudo muito recente.
– A ladeira aqui ao lado é antiga, então você descobre referências interessantíssimas pela Internet, como o próprio decreto redefinindo os limites do Parque Nacional da Tijuca – ao qual ela pertence. Olha só esse trecho: Floresta da Tijuca (Setor A), pela vertente oeste:
começa no Portão da Floresta da Tijuca na Praça Afonso Viseu (Ponto 1) e sobe pelo espigão na direção do cume do Morro do Visconde (517,4 m), cruzando as cotas 375 m (Ponto 2), cota 425 m (Ponto 3), cota 460 m (Ponto 4). Daí, segue por esta cota 460 m em direção oeste e encontra a linha imaginária geográfica de direção Norte-Sul (Ponto 5), que liga o cume do Morro do Almeida (537,1 m) à Estrada do Açude, cruzando as curvas de cota 440 m (Ponto 6), e cota 410 m (Ponto 7). (…)
– Hahahaha
– Trabalho de corno, levantar isso.
– E o pior é que essas cotas são um saco pra medir. Já fiz muito.
– No meu primeiro estágio, fui alocado junto ao pessoal de arquitetura, e fiquei desenhando loteamentos irregulares por meses.
– Eu passei um semestre inteiro fazendo isso, medindo declividade e limite de lote com técnicas rudimentares. Depois, eu fiz topografia e me deram uns medidores melhores.
– O meu prazer foi descobrir a borracha elétrica para nanquim, que maravilha. E tomei horror a normógrafo!
– Hahahaha só mexi com isso no primeiro semestre de faculdade. Eu medi um terreno de shopping inteiro, e o pior era o mato com dois metros de altura. Fui de bota, achando que poderia encontrar uma cobra a cada metro. Daí, passou uma viatura de polícia: “O que você tá fazendo?” “Trabalho para a faculdade.” “Semana passada tiveram três estupros aqui.” “Ah, bom saber…” Daí, eu já tinha medido a borda inteira do terreno, e meu professor nos fez mudar para um três vezes maior – mas sem mato!
– Credo.
– Um horror, mas aprendi. Vou dormir, que amanhã eu vou fazer a cenografia de um desfile no Museu do Niemeyer, inaugurado há pouco no Centro Cultural da República, junto a uma biblioteca ainda sem livros! Haha
– Aliás, eu não entendi esse nome “Biblioteca Nacional”. É outra?
– Pois é, eu já questionei isso. A cúpula é bonita, o Niemeyer é bom mesmo, ainda que não faça habitável. Fico impressionada, cada rampa linda. Quando conversei com o engenheiro de lá, ele confessou estar com medo de tirar as estacas de apoio! Haha
– Eu vejo nele uma figura para sinalizar possibilidades, puxar por alternativas para os profissionais cotidianos.
– Claro! Eu moro numa cidade feita por ele, então eu amo e odeio. Na verdade, eu acho pior o que o Lucio Costa fez.
– Eu nunca vi a íntegra do plano dele para a Barra, mas algo me diz que não é bom.
– Eu já vi, tenho em livro.
– Opa, eu adoro história urbana. Acho que, lá no fundo, eu sou um pouquinho arquiteto ou urbanista.
– Eu adoro. Meu ensaio teórico foi uma análise urbana que acabou engraçada. Fui analisar arquitetura e acabei justificando pela não-urbanidade… adorei!
– Aproveitando o assunto, eu tenho uma teoria a respeito da ocupação e demarcação de vias para pedrestres. Pode reparar que geralmente as pessoas criam atalhos pela grama, evitando os traçados excessivamente cartesianos, gerando, à sua maneira, trilhas que correspondem ao trajeto natural. Não seria importante aplicar algum tipo de conhecimento a isso, antes de estabelecer espaços impositivos? É utópico, eu sei.
– Hahahaha procura por Brasília no Google Earth; é só o que tem, e não há solução por causa do plano Lucio Costa.
– Acho que você disse tudo. É o plano do Lucio Costa.
Comentários desativados em Tramas
11/02
Passando em frente à estação do Corcovado, sou abordado pela mulata que anuncia e distribui a programação carnavalesca do Scala.
É esse meu perfil tipicamente carioca, sabe.
Quanto falta para começarem a tunar carrinhos de brinquedo? E, se já o fazem, quando começarão as competições? E a cobertura televisiva?
‘tá fácil prever.
Comentários desativados em Cantando a pedra
« Página Anterior Próxima Página »
|
|
Powered by WordPress
|
|
|
|