13/10

Historicamente estressado, sempre invejei quem por isso emagrece.

Perdi também a esperança de ver utilizada corretamente a palavra “Moderno”.

12/10

Júlio Bogoricin? SBU? Difícil eleger.

Torço para que um dia o jornalismo internacional esteja livre de clichês musicais.

“Criatividade”, um termo infantilizado.

11/10

Jamais imaginaria chegar a considerar um monitor de vinte polegadas – wide – o mínimo aceitável para o trabalho.

– Estava pensando nisso, no seu confete outro dia. Bom, você diz preferir barba, barriga… É um elogio que eu não posso replicar por aí. Extrapolando, é quase como “Eu adoro amputados! Eu te adoro”.
– Hahahahahahahahahahaha ué, eu não sou a única, não. Conheço outras mulheres que compartilham do meu gosto e nem te conhecem. Sério. A barriga é um adicional excelente, mas não essencial. Já a barba, é tão vital quanto um pênis.
– Até onde sei, 95% não gostam de barba.
– Tsc tsc… Não sabe de nada.
– Não considero aquela barba rala, por fazer. A minha é fechada, e fica realmente grande se deixar, geralmente por preguiça. Como não há namorada, a preguiça, você pode ver, é grande.
– Hahahahahahaha bom, não precisa ser assim um Talibã, mas barba fechada é tudo.
– Só vejo o contrário.
– Ih, frígidas. Garanto que somos muitas.
– E como você classificaria, por níveis, as barbas?
– Tem aquelas desprezíveis, ralinhas, como você comentou; a nojenta, aqueles cavanhaques com bigodinho que paulista e chicano adoram; a Talibã, que também não é boa, como qualquer uma que ultrapasse 1 cm da linha do queixo; a espetenta, que machuca no início, mas depois serve até como um bom peeling físico abaixo do nariz e no queixo da sortuda; e a barba fofa, aquela bem cerrada e que forma tufos aerados. Deliciosa.
– E a minha é qual?
– Depende, você anda cada vez de um jeito.
– Sou um tanto randômico, mesmo, mas tudo se acertará ano que vem. Ando pensando até em namorar!
– CONTRA QUEM? *ciuminho básico*
– Não sei ainda, não posso pagar muito.
– Hahahahahahaha arruma uma em baile funk de subúrbio, que sai barato.
– Opa, calça da Gang. Nham.
– Hahahaha eu tinha duas, nem sei que fim levaram. Era tão bom, eu podia me enganar e achar que tinha bunda.
– O negócio é o “sorriso de barriga”, se bem que ando numa fase de bochechas.
– Er… bochechas? Essa é nova.
– Há umas bochechas lindas, geralmente com olhos arredondados, grandes.
– Hahaha
– O rosto é cada vez mais interessante, cheio de nuances que as mãos podem percorrer e acariciar.
– Hmmm
– Lembrei de uma menina que conheci pela Internet, e que encontrei por acaso em Brasília, em 1999. Ela não quis ficar comigo pois havia começado um namoro há poucos dias, o que foi frustante. Mas o rosto dela era tão gracioso, tão bem desenhado, e o conjunto tão convidativo, que comentei que gostaria pelo menos de um abraço. E permanecemos por muito tempo, enquanto eu passava as mãos e delineava seu rosto. Sinceramente, foi melhor que qualquer outro resultado.
– Ah, conta mais. Achei maneiro, e fofo.
– Foi só isso, mesmo. Um bobo que gosta de bochechas.
– Awwwww bonitinho.

Impressos e tintas: alguns chamam colorido. Eu, dolorido.

10/10

Comemoro também os futuros vizinhos, mesmo no escuro.

Dos males, o próximo.

Entreouvido pelo Cláudio:

– Hoje tem jogo da Seleção.
– Vasco?
– Não, Flamengo.
– Só se for a Seleção de Gana.

9/10

Sem acentuação para nomes estrangeiros? Sem problema, a gente correge.

Rod Stewart e Ana Maria Braga.

Acho que o Batman usa máscara pelas olheiras.

8/10

Mais um Festival do Rio limitado ao convite para uma sessão, a estréia de outro genérico nordestino, O Homem que Desafiou o Diabo.

Mas, se o filme não merece observação, vamos ao babaca que esperou a sala escura para reclamar da Organização em altos brados.

Deve ser da área.

Malditas sejam aquelas que se deixam aproximar, seduzir e acariciar para, frente a frente, sob o discurso de um relacionamento recente, recuar.

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