22/11

Boné para trás não pode ser considerado.

Aliás, boné.

21/11

– Acho que tive outra baixa depressiva, quase tão forte quanto as outras, antes da conexão cair.
– Poxa. E melhorou?
– É que fiquei angustiado demais com o trabalho.
– Imagino… E com razão.
– E o negócio que vocês vão ter que fazer, é “fazível”?
– É só atualizar um filme que já foi feito.
– Mmmmm Menos mal.
– Não tem mistério, até porque fui eu mesmo o autor da primeira versão. Mas fica essa angústia irracional, insegurança demais, cruzes.
– Eita… Poxa, você podia ter me ligado.
– Até lembrei do cara que pediu o antidepressivo a você.
– Pois é. Quer tentar?
– E, sem querer desrespeitar e comparar esse tipo de coisa, acho pouco provável que ele e tantas outras pessoas estejam nesse nível, que sintam essas porradas como eu sinto.
– Eu também não duvido, Zé… Especialmente porque você tem tendência genética. Acho que inclusive você é que tem indicação formal e absoluta de tomar, não essas depressões de fases. Mas você não quer…
– Eu distingo duas depressões: uma “normal”, mediana, que parece até comum; e as fortes baixas.
– Chama-se distimia, essa crônica, leve e diária.
– Sendo que ela já é ruim, eu é que me acostumei. Mas o que pesa é o estresse acumulado e os sintomas clássicos. Tudo começa a irritar.
– De repente é falta de lazer, de sexo. Sério.
– Sim, de tudo. De viver.
– Pois é… E que tal criar coragem e encarar?
– O remédio?
– O remédio, o lazer, as mulheres, a vida. Tudo. (…) Ai, ai, vou dormir.
– Mas, já? Fique mais um pouco, prometo não reclamar.
– Então, quem vai se lamentar sou eu!
– Medo.
– Hahaha explica pra mim: tem algo fundamentalmente repulsivo na minha pessoa? Ou eu tenho algum tipo de apito que só cachorros e homens babacas podem ouvir? Hahahaha
– Não, inclusive você tá com um corpão.
– Hahaha é a malhação pesada.
– Não sei aonde você tem ido, que tipo de busca tem feito…
– O pior é que não tenho ido ou buscado nada, uns monstros caem no meu colo ultimamente. Virei A Colecionadora de Criaturas.
– Não, não seja o Dr. Lao.
– Hahahahaha pois é, preciso sair dos pântanos.
– É como dizer: se joga!
– LOL
– Se eu me jogo, sai um diamante.
– HAHAHAHAHA

O Caveirão é um rabecão proativo.

20/11

– Agora é o de Zumbi.
– Nada de cérebros.

Para o tímido, sobram interpretações.

E silêncio?

19/11

Não, não dá.

Amarrada e sufocada aos dois dias dos 96 anos, minha avó e o invasor de sua casa:

– Meu neto está voltando de Cabo Frio – mentiu.
– Então eu vou barbarizar – ameaçou, restringindo-se felizmente à pilhagem.

Mas ela fará o retrato falado e não mudará o isolamento e a determinação de tantos anos. Coerência.

E de uma sugestão de telefonema é que percebo nossa ligação inexistente – e literal – desde sempre. Se há excesso de presença materna e alguma regularidade esparsa com o pai, a irmã, o sobrinho, uma tia e dois primos, o resto se esvai pela distância e a própria dinâmica do isolamento ao qual nos submetemos.

Mas é curioso desconhecer a maioria dos dezessete tios paternos, por exemplo. Sendo meu pai o caçula, e de 1934, imagine.

18/11

Finda a escolha da garota mais “estilosa” da PUC-Rio, ouso concluir tratar-se, com justeza, de uma questão parlamentar.

Fora o meu plano de magistério.

A reclusão havia feito esquecer do horror tabagista sob determinadas mesas, uma quase Cubatão social. E a tolerância não pode antever exceções compulsivas, como que determinadas à doença terminal coletiva.

Que sejam egoístas, pois.

17/11

Com o sobrenome da linda menina, Rigueira, o Google:

Você quis dizer: (…) Nogueira

Ô, maldade.

Há dias em que o desapego profissional quase dispara o currículo para o programa Fantasia.

16/11

Diante da pergunta paterna sobre a expressão “nerd“, você percebe que o desconhecimento é maior.

Radiante com as fotos e a entrevista exclusiva de Kazuki Nakajima durante a cobertura do evento automobilístico, ela deixa com a imaginação alheia a próxima grande aposta:

– Achei fofos uns títulos da Coroa-Brastel…

Deve ser economia no obstetra.

15/11

Quer irritar? Kerning.

Galé, uma antiga embarcação de vela e remos, origina galera e galeão.

– ‘bora pro Aeroporto da Galera!

Etimologia é vida.

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