22/03

Ou “Sobre a Inteligência Humana”.

Comigo, e quase ao mesmo tempo, são três os novos dentre quatro proprietários no andar. Da coincidência, naturalmente, obras em graus distintos, estando este por último, ainda afinando o projeto.

Pois, que, enquanto não inicio, a moradora dos fundos resolve dar fim à formica do Hall, uma atitude louvável. Em consulta aos vizinhos, e, por não me encontrar, eis que:

Já penso em uma pequena cerca, uma casa de correio e um mini-golfe.

E um Chihuahua. Merece.

21/03

– Ligou, criatura?
– Algumas vezes. Queria saber se procede a informação dos farmacêuticos, da mudança de nome do remédio.
– Ai, meu Deus, não sei o que acontece com esse povo… Eu continuo recebendo o mesmo medicamento.
– Bom, acabei comprando o substituto.
– Se for o mesmo composto ativo, pode se chamar até “Buceta”.
– Aí… Tem receita?

Pródigo pelos fortes ventos oceânicos, o pátio do Edifício Argentina proporcionou uma releitura da pose clássica de Marilyn sob suas palmeiras, na torneada figura morena e a ventania que lhe moldou o vestido ousadamente, roubando o ar do observador atento. Tal era a maldade, pois, que se percebia o volume das rendas íntimas, o triângulo e toda aquela geometria das boas coisas.

20/03

Agora é a vez da “Mulher Filé”.

A depender da higiene, creio, “Oswaldo Aranha”.

Já reagi à opinião alheia, sentindo-me inseguro e dependente dos outros; mas, agora, percebo como essa observação – seu processo e eventual assunção – assinala o amadurecimento.

19/03

– Elogiei o cabelo.
– E ela te gongou?
– Não, agradeceu, disse que não o tem feito. Falei que prefiro assim, natural, e ela respondeu que era algo bom de se ouvir.
– Aeeeeeeeeeeeeeeeeee
– ‘tô saindo da adolescência! Ela é o paraíso das sardas.
– AHAHAHAHAHAHAHAHAH
– Hm, agora é que reparei, quando ela passou… Bermuda.
– AHAHAHAHAHAH Olha a adolescência de volta.

Por conta do apartamento, minha mãe:

– Você está virando um partidão, hem?

18/03

Saudosa interface DOS, em 24 polegadas.

17/03

Swarovski, o lugar-comum mineral.

Brita, cuide-se.

– Mas… gosto sim dos seus elogios, ainda que ciente, não ser a única a recebê-los (mamãe ensinou: “não seja egoísta”).
– Mas são elogios diferentes, os seus. Existem os de observação, cotidianos, que eu realmente teço às mulheres bonitas em geral; e aqueles específicos, de quem me é próximo (estamos, não?), já particularizando e cobrindo com o carinho tenho por você.
– Oh, Zé, já disse que você é fofo, hoje?
– Hihi
– Fofo, fofo, fofo.

16/03

– A Internet só tem sujeira.
– É o iMundo.

– Já viu que a repórter é bonita?
– Claro que vi! Aqui só tem tarado, realmente. Basta chegar um e-mail, que nego busca no Orkut.
– Pô, mas ela é sensacional.
– Completamente.
– E ontem, que eu guardei o nome no crachá da caixa da Sendas? Esqueci de procurar, depois.
– As pessoas não tem noção dos malucos que as cercam. Eu fazia isso com aeromoças.
– Eu também!

15/03

– Pois é, e há o namorado mais uma vez, essa figura que me persegue. Achei por bem perguntar, claro, já que o nível de carinho não me parece compatível com uma amizade.
– Hmmm
– Mas ela confirmou, somos, sim, “amigos”, e disse desconhecer o incômodo causado pelo excesso de carinho. Por favor, né? Ninguém é bobo, e as pessoas precisam ser respeitadas, inclusive o tal consorte.
– Pois é, também acho sacanagem essas coisas.
– Detesto esse comodismo de “Estou confusa” “É ruim para mim, também”. É tudo muito confortável, isso sim. Já vivi uma experiência semelhante há muitos anos, e não pretendo repetir a frustração.
– Faz muito bem, alguma coisa tem que se aprender.

Revista Consultor Jurídico, 27 de Fevereiro: Flatulência não é motivo para demissão, diz TRT-SP

Não é algo do qual se possa dizer “respire aliviado”.

E cuidado com a jurisprudência.

14/03

E mais uma vez o meliante confunde a própria notícia.

« Página Anterior Próxima Página »
 

Powered by WordPress