Eu tenho uma certa implicância quanto à excessiva atenção dada ao Jamelão durante o carnaval. Não desconfio de seu histórico, mas temo que a providência do pedestal esconda um componente traiçoeiro, tantas vezes imputado à terceira idade. Decompõe-se o elemento humano, racional, em troca de um bibelô, um grande bebê a quem tudo é perdoado e relevado em qualquer aspecto. O adulto se perde, e perdemos todos. Não quero me apressar e ser irresponsável em rotular o José Bispo Clementino dos Santos, mas aproveito o gancho para um aspecto nocivo da já frágil identidade social do idoso.
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