22/02

Depois de todo o sol carioca, adentro o WTC e tomo o elevador com dois portadores, conversando animadamente. Eis que o primeiro encosta junto à porta:

– Ih, caralho. Apertei uma porrada de botões.

Olho aquele painel de Chernobyl.

– Porra, vai dar pane nisso aí – diz o segundo.

Penso no calor de esfolar beduíno.

– Ih, carai – diz o primeiro, rindo.

Pensei em buscar a origem daquele riso – arrancando o ciso –, mas a preocupação com a temperatura era maior. Naquele ritmo lento, o elevador que mal anuncia seu movimento, o suor e Kenan e Kel ao lado… em algumas horas alguém encontraria aquela cápsula como uma Campbell’s sabor testículo.

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