9/06

E às 9h15 fiz-me entender depois de um longo e doloroso parto naquele 73. E hoje voou, ali por volta, liberta, uma de minhas referências mais próximas do ninho.

Já não são presentes os olhos terrenos que tantos domingos contemplaram nossa pequena união familiar. Mas talvez não escapem, como àquelas órbitas de criança, à perspectiva que o tempo agora desenha.

Yone, minha tia, hoje para além dos impiedosos tumores que em quase três décadas lhe impuseram restrições; que em resposta viram o inabalável dispor de viver, a dedicação medicinal, a racionalidade junto ao prontuário e receituário e todo o cabível ao grave enfermo, agora aninha-se confortavelmente em minhas doces memórias.

Bênção, Tia.

Conter a demasia do argumento é assaz importante para o tempo.

5/05

O tempo que perdemos tentando provar a razão é irracional.

28/04

Keep dreaming? Keep drumming.

Dannii Minogue, seus trejeitos clássicos e a íris cristalina empapuçam a testosterona do vizinho.

27/04

Reenquadrar emoções é uma vivência de eclusa.

Espraiar o ralo rastro da relação natimorta, uma obsessão da imaturidade.

O esmero pela distância é muitas vezes a obsessão do contato áspero.

26/04

Quem não tem caô, caça com fato.

Tanto por realizar consoante o histórico, e a certeza de progresso no intervalos que vêm agrupando sentenças.

31/03

Louros e presumidamente naturais, as mechas dão-se em veios definidos pelo adereço que adorna o penteado. Pálida quase das sardas, suas nuances alimentam as sombras e os olhares próximos, que ainda me insistem horas depois a essas letras. Pois ela merece tanto mais, das panturrilhas ao vestido cinturado e o sorriso iluminado.

13/03

Certeza que há dúvida.

10/03

Apopléticos são os verbos, como quaisquer adjetivos que se prestem a cercar redondices como as bochechas de Branca Messina.

26/02

O que está certo é o errado.

E os crimes contra a humildade?

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