E às 9h15 fiz-me entender depois de um longo e doloroso parto naquele 73. E hoje voou, ali por volta, liberta, uma de minhas referências mais próximas do ninho.
Já não são presentes os olhos terrenos que tantos domingos contemplaram nossa pequena união familiar. Mas talvez não escapem, como àquelas órbitas de criança, à perspectiva que o tempo agora desenha.
Yone, minha tia, hoje para além dos impiedosos tumores que em quase três décadas lhe impuseram restrições; que em resposta viram o inabalável dispor de viver, a dedicação medicinal, a racionalidade junto ao prontuário e receituário e todo o cabível ao grave enfermo, agora aninha-se confortavelmente em minhas doces memórias.
Louros e presumidamente naturais, as mechas dão-se em veios definidos pelo adereço que adorna o penteado. Pálida quase das sardas, suas nuances alimentam as sombras e os olhares próximos, que ainda me insistem horas depois a essas letras. Pois ela merece tanto mais, das panturrilhas ao vestido cinturado e o sorriso iluminado.
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